Diante das próximas eleições, o Bispo do Marajó envia uma carta aos fiéis da Igreja Católica e a todos os marajoaras de boa vontade. O Bispo e com ele a Igreja, pode e deve a todo momento pregar a fé com autêntica liberdade, "ensinar a doutrina de Cristo sobre a sociedade, realizar sua missão sem impedimento algum e emitir seu juizo moral, inclusive sobre materias que se referem à ordem politica quando o exijam os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas".(GS 76).
Aqui mostraremos alguns trechos desta carta: " Numa Prelazia como a nossa onde oa direitos fundamentais da pessoa são escarnecidos, a dignidade humana é desprezada sistematicamente e o abandono do Estado é quase total, a Igreja para cumprir adequadamente sua missão em obediência a Cristo, seu único Senhor, trata de oferecer luz para a formação da consciência no exercício do direito a voto nas próximas eleições. Esta carta, é portanto, aplicação do evangelho à nossa realidade marajoara no exercício do ministério episcopal recebido de Jesus Cristo.
A moral constitui uma dimensão essencial da evangelização. O tempo das eleições é um momento específico para mantermos a coerência ética necessária para com os ditames e a voz da consciência. Sem essa coerência ética, especialmente no momento das eleições, perdemos nossa identidade cristã e agirmos como se Deus não existisse. É o mesmo que negar a Deus com os fatos. "VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEGUÊNCIAS"! Assim, como não tem preço a vida humana, sua dignidade, sua condição de imagem e semelhança de Deus e por isso, não se podem vender nem comprar homens, nem mulheres, assim tão pouco se pode comprar ou vender o voto dop qual depende o emprego, a alimentação, a alfabetização, numa palavra, a dignidade e a vida humana. Por isso, é um crime hediondo, injustificável, crime contra a humanidade.
Nosso estado, ausente por completo do Marajó e das suas causas repete hoje o abandono secular da nossa região marajoara. Fazendo encalhar e se opondo á implantação do plano de desenvolvimento integral do Marajó, aprovado pela presidência da nação e pelo estado do Pará, este se tornou de fato inimigo do povo marajoara. O estado, substituindo este plano pelo ‘’Território de cidadania ’’, mostrou grave desrespeito para com a identidade marajoara e com meras atuações locais e pontuais esqueceu Marajó como um todo e o despojou cinicamente do seu desenvolvimento global e integral.
A IV Assembléia do povo de Deus excluiu com toda evidência e repetidas vezes como candidatos possíveis, aqueles de procedência protestante. Já nas anteriores eleições o bispo do Marajó assumia um posicionamento claramente negativo com relação aos candidatos evangélicos ou protestantes depois de uma experiência confirmada sem exceções em que a autoridade protestante no Marajó, marginaliza sistematicamente as comunidades católicas, não governa em nome da cidadania, mas em virtude do preconceito de seita, em contra diretamente do espírito e a letra da constituição brasileira, em injusta identificação prática entre interesse econômico e político de determinada seita com o reino de Deus.
De modo orientativo, a IV assembléia do povo de Deus do Marajó afirmou que o voto deve ser dado a católicos ‘’ética e profissionalmente idôneos’’, é dizer, que apresentem um comportamento moral digno e estejam profissionalmente preparados. Dos candidatos se cevará exigir um posicionamento claro contra o aborto, matrimonio de gays e adoção de crianças por estes. Sabemos que, por exemplo, o PT e o PV são partidos que defendem no seu estatuto a implantação do aborto no Brasil.
Continuaremos com mais uns trechos dessa carta na próxima postagem!
Equipe PASCOM!
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